terça-feira, 13 de novembro de 2012

UM JOVEM CONTRA A AIDS NA AMAZÔNIA - Entrevista com Hugo Soares

No II Encontro Amazônico de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids, que aconteceu entre os dias 30 de outubro e 02 de novembro na cidade de Manaus/AM, foram escolhidos os novos representantes regionais da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids (Norte e Amazônia). Hugo Soares que assumiu até aquele momento a articulação amazônica da RNAJVHA, repassando o serviço a Efraim Lisboa (RNAJVHA/AM), conta um pouco para nós sobre sua contribuição a Rede, sua avaliação e perspectiva frente a esta nova fase de trabalho. Confira a entrevista:

Como foi a sua chegada e o seu envolvimento na Rede Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids?
H. Depois de passar alguns poucos meses participando do Movimento LGBT do Pará, foi ai que soube do IV encontro de adolescentes e jovens vivendo com HIV e aids que aconteceria na cidade de Curitiba. Lá, foi meu primeiro momento de envolvimento com aqueles jovens que se organizavam para militar em rede. Neste encontro, tivemos reuniões isoladas das regiões, e assim podemos verificar a vacância da região no norte, que no ensejo, contava com quatro militantes, então nosso papel ao retornar a região era óbvio: fortalecer a RNAJVHA na região norte criando atividades e ações, fazendo-nos conhecer agregando novos militantes.

Quais foram os principais desafios na articulação da RNAJVHA na Amazônia?
H. Cuidar da articulação de uma região continental e com as diversas dificuldades de mobilidade foi desafiador, por esse fato que iniciamos articulações pelos Estados mais próximos de nosso domicílio, no caso o Pará. A grande rotatividade dos gestores, também nos dificultaram adentrar em alguns Estados, pois já estávamos afinados com um gestor, eis que outro era alocado para o lugar deste. O fato é que a comunicação virtual não é soberana em nosso região com lugares tão distintos e distantes.

Como você avalia realidade da Aids na Amazônia e os seus impactos na vida da juventude desta região?
H. Ainda temos muito o que conhecer, pois o panorama amazônico não é nada animador. Sabemos que vem crescendo os casos de novas infecções em nossa região, porém os dados ainda são muito a quem da realidade, já que a centralização dos serviços, nos grandes centros, dificulta o amplo acesso desta população tanto no que se discerne ao tratamento, quanto na prevenção do HIV.

Qual a sua avaliação em relação ao II Encontro Amazônico de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids?
H. Quanto a integração de novas militâncias isso se revelou muito forte entre os participantes, mesmo que feito por muitos em casos isolados. Quanto ao discernimento político tivemos um grande suporte de nossos militantes, porém tivemos grandes falhas na organização de alguns espaços, porém nos servirá de atenção para um novo momento.

Pará e Maranhão apresentaram uma proposta colegiada de organização que já vem acontecendo em outras regiões, mas que não foi escolhida na Amazônia. Você acha que poderá ser uma das dificuldades dos representantes do Norte e da Amazônia eleitos, de articular a RNAJVHA em uma área geográfica tão extensa? 
H. Bom! Mesmo que o modelo não tenha sido efetivado, creio que os novos representantes terão que assumir estratégia do trabalho em parcerias com as representação de Estados e definir metas para cada região da Amazônia, pois com nosso isolamento geográfico, fica muito difícil construir algo sem o apoio das militâncias de base.

Você também faz parte de uma outra articulação de jovens chamada Laço Sul-Sul, o que seria?
H. É uma rede juvenil, que constitui trocar experiências entre os jovens dos países envolvidos além de trabalhar dentro das metas já definidas em reuniões para cada pais. Além disso, acompanhar de perto o que os governos estão fazendo no que se propuseram fazer nos documentos de cooperação.

Onde o Laço Sul-Sul e a RNAJVHA poderiam contribuir de forma mútua no enfrentamento da juvenização da Aids na Amazônia? 
H. Conhecer o documento de cooperação entre países é o primeiro passo para poder definir ações para a o enfrentamento a juvenização da Aids em nossa região. Em diversos trechos desse documentos metas foram destinadas ao país com um todo e dentre elas poderíamos definir como meta para a Amazônia. A parceria entre essas duas redes, será de fundamental importância para cobrar a efetivação das diretrizes não só no Brasil, como apoiar os outros adolescentes e jovens dos outros Países e efetivarem seus planos.

Em relação ao fim da PAM (Programação de Ações e Metas) nos Estados e Municípios, você acredita que terá algum impacto negativo para a Rede de Jovens na Amazônia?
H. Bom, em nossa gestão a recorrência a esse fundo foi mínima, entendendo a grande dificuldade de acesso. Por isso fechamos outras parcerias para que pudessem apoiar nossa ações. Porém, em alguns Estados, esse fundo é o praticamente o único sustentados das ações que poderão ser efetivadas no enfrentamento da epidemia de Aids. Creio que será um impacto muito forte, não a expansão da RNAJVHA na Amazônia, mas a sustentação dos trabalhos de base.

Quais as suas expectativas em relação ao novo representante amazônico da RNAJVHA?
Acreditando no grande militante que é, fico tranquilo em acreditar que a integração entre os amazônidas continuara e que fará um grande trabalho para que nossa região figure no cenário nacional. O que me deixa feliz também, é ver a rotatividade de representação funcionando de fato. Quando chegamos em Manaus, muitos achavam que nos candidataríamos para um novo pleito, bem que eu podia pois fiquei pouco mais de um ano, porém acredito no despertar de novos militantes e no protagonismo aproveitando o potencial dos adolescentes e jovens de todos os estados de nossa região.

E agora, como você pretende continuar contribuindo com a RNAJVHA tanto na Amazônia, como em nível nacional?
Esse próximo ano assumo novamente a titularidade da RNAJVHA na Comissão Nacional de Aids (CNAIDS), esse espaço será onde estarei oficialmente contribuindo com nossa organização e juvenil, além de levar as demandas da Cidadães Positivas, pois a dois anos fazemos uma rotatividade da titularidade. Porém, oficiosamente, me dispus e me disponho a ajudar qualquer Estado e região que buscar minha contribuição, pois acredito que todos nós somos pilares desta rede, e que eu poder fazer estarei de braços abertos e peitos fortes para ajudá-los.

domingo, 21 de outubro de 2012

CANAL FUTURA NO ENCONTRO METROPOLITANO










Tivemos no segundo dia de atividades do Encontro Metropolitano a presença de Kellen Cabral  jornalista do Canal Futura esteve facilitando a oficina COMUNICAÇÃO onde esclareceu de forma bem fácil a todos a importância da comunicação e do desenvolvimento das diversas técnicas, para um alcance rápido e com a integridade da informação preservada.


 
Comunicação sem grandes custos financeiros, um bom uso de ferramentas como e-maisl, blogs, facebook, dentre outras.
Comunicação essa que deve ser preservada quanto a sua integridade.
Atividades para mostrar a importância da integridade da Informação foram desenvolvidas com narrativas e dinamicas baseadas no antigo telefone sem fio onde pouquíssimas distorções  foram constatadas, sinal de que a galerinha estava bem antenada no assunto.

Oficina Sexo é Mais, com Beto Paes.




Na programação do segundo dia do Encontro Metropolitano da rede de Jovens+Pará teve como facilitador da Oficina SEXO É MAIS Beto Paes, membro do Movimento LGBT do Estado do Pará , e conselheiro Estadual pela Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos SEJUDH, os trabalhos foram conduzidos de forma Tranquila e muito participativa onde Beto enfatizou a questão de Gênero entre os jovens vivendo com hiv-aids, tornando a atividade esclarecedora para todos.


  


Dinâmicas com temas do cotidiano, com uso de materiais como canetinhas, cartolinas, reflexões como valores culturais da sociedade, tabus e preconceitos, quanto a identidade de gênero das pessoas, a atividade foi de alto valor político social onde foi de extrema importância para todos saberem seus direitos.
Dentre os temas foi abordado o Programa Pará sem Homofobia, desenvolvido pelo Movimento LGBT do Estado do Pará em Parceria com a SEJUDH PA, seus mecanismos usados para atingir o público-alvo          ( comunidade LGBT ) .


Trabalhando o psicológico...




Por, Aldenilson Silva




Dentre as atividades do segundo dia do Encontro Metropolitano da Rede de Jovens+Pará, recebemos a Psicóloga Lúcia, atuante no CTA de Ananindeua , com um trabalho magnífico, começando por uma roda de Conversas onde foram expostos temas como :

Aceitação Familiar
Prevenção Positiva
Relação de afetividade entre sorodiscordantes
Auto avaliação psicológica.
Aceitação e superação, ultrapassando os limites.




Na roda de conversa foi apresentada a proposta de trabalho da psicóloga onde a mesma desenvolveu dinâmicas auto reflexivas e de elevação da auto estima dos jovens, salientando a exposição dos anseios e nescessidades pessoais, sonhos, metas a serem alcançadas construção de uma nova Visão para os jovens com  diagnóstico recente.
Em seguida foi apresentado para o Grupo o MASCOTE DA PREVENÇÃO onde se trata de um personagem criado pela psicóloga para apresentação de uma nova visão de prevenção das DST-AIDS , co-infecções, Hepatites Virais, onde em uma abraço ao mascote foi dito o que se abraçava naquele momento como sonhos, família, namorado, amigos  saúde.







Nas atividades desenvolvidas pela psicóloga que tem uma vasta experiência com pessoas vivendo com o vírus HIV, agora enfatizando um trabalho voltado ao público jovens , clientela esta que cresce com o avanço da infecção entre jovens na região Norte, com um livro lançado na feira do Livro que se chama Fio de Esperança , neste ela aborda a realidade das pessoas positivas e as angustias, crônicas , situações difíceis que são superadas com uma boa dose de esperança.

 


                                                          Elevação da Auto-estima.






Logo em seguida foi Ofertado de presente a Psicóloga o Guia de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos , criado com Iniciativa do UNICEF, BOMPAR, VIRAÇÃO e parceria SEGURANÇA HUMANA.







Orientações sobre alimentação saudável e avaliações tomam espaço no segundo dia do Encontro Metropolitano da Rede de Jovens+ Pará

                                                                                                    
                                                                                                                         Por, Aldenilson Silva



Em seguida a Equipe de Nutricionistas da Faculdade de Nutrição da UFPA e alunos do curso de nutrição da Faculdade Esamaz, atuaram de forma muito importante trazendo muitas orientações quanto a qualidade da alimentação dos jovens, enfatizando que uma boa qualidade de vida também é proveniente de uma boa alimentação associada com a medicação obtendo-se um resultado diferenciado e satisfatório no tratamento.



                                                  Faculdade de Nutrição da UFpa




                                                           Verificação de Pressão Arterial




                                                              Orientação Nutricional


                                                         Avaliação de massa Corporal






                   Agradecimentos pela Colaboração e aliança de Parceria com a ESAMAZ e a UFPA


A Nutricionista professora adjunta da Faculdade de nutrição da Ufpa, Nutricionista, e mestre em Ciência de Alimentos , fez uma vasta orientação através de palestra dinâmica e com muita contribuição dos participantes do encontro, momento maravilhoso onde o poder de articular mais uma vez se fez presente no encontro metropolitano.
Várias avaliações foram feitas ao jovens do encontro dentre elas:
Pesagem, medição de estatura
Cálculos do IMC: Índice de massa corporal
Orientações alimentares
Verificação da pressão arterial, com orientação aos cuidados ao Uso abusivo do Sal.
Alimentação alternativa em uma realidade regional, com base na cartilha de orientação alimentar do Ministerio da saúde.
Higiene com manipulação de alimentos
Alimentação fora de Casa e todas as situações que os jovens passam cotidianamente que podem estar enquadradas como situação de risco alimentar.
Foi um serviço preventivo de orientação muito importante e desde já a Rede de Jovens+ Pará tem mais uma Parceria fechada, onde tomará como base uma aliança para futuramente possíveis estudos sejam feitos em cima da alimentação adequada e equilibrada para os jovens positivos manterem uma boa qualidade de vida.